O preconceito com a hemodiálise e a importância de combatê-lo

Nefrostar • Postado em: 25/10/2023

O preconceito com a hemodiálise e a importância de combatê-lo

Seja no trabalho, na escola ou até na família, o preconceito com a hemodiálise pode ter sérias consequências à saúde do paciente. Clique para ler.

O preconceito com hemodiálise é um problema grave que afeta muitas pessoas que precisam realizar esse tratamento para sobreviver.

A hemodiálise é um processo que remove substâncias tóxicas do sangue de pessoas com insuficiência renal. Apesar de ser uma técnica vital para a saúde dessas pessoas, muitas vezes elas enfrentam discriminação no ambiente de trabalho, na escola e até mesmo na família.

Preconceito preconceito com hemodiálise no ambiente de trabalho

Uma das formas de preconceito com hemodiálise é a discriminação no ambiente de trabalho. O paciente renal precisa adaptar sua rotina ao tratamento dialítico, que costuma ocorrer três vezes por semana por longos períodos de tempo. No entanto, essa não pode ser uma razão para tratá-lo de forma diferente ou até para dispensas discriminatórias.

Quanto a isso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já editou uma Súmula que garante o direito do portador de doenças graves.

“Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego”, afirma a decisão de número 443 do TST.

Discriminação na escola

Outra forma de preconceito com hemodiálise é a discriminação na escola. Muitas crianças e adolescentes que precisam realizar hemodiálise são excluídos de atividades escolares e eventos extracurriculares.

Isso pode ocorrer quando professores e administradores escolares acreditam que essas crianças não são capazes de participar de atividades devido à sua condição de saúde, o que pode causar problemas de baixa autoestima e dificuldades em se relacionar com os colegas de classe.

É fundamental que a escola e os profissionais sejam orientados sobre as reais demandas do paciente, evitando ao máximo segregá-los ou colocá-los em uma posição diferenciada dos demais alunos quando há essa necessidade, o que evita o preconceito com hemodiálise.

A socialização é um fator elementar no tratamento do paciente renal e um aspecto particularmente relevante quando esse paciente é uma criança, pois pode ainda evitar a evasão escolar.

É importante lembrar que combater o preconceito é um esforço contínuo e requer a colaboração de todos os envolvidos, incluindo estudantes, professores, e demais funcionários das instituições de ensino.

Preconceito com hemodiálise dentro da família

Além disso, muitas vezes o paciente renal também enfrenta discriminação por parte da família. O constrangimento ou estigma pelo fato de um membro da família precisar de hemodiálise é fruto da desinformação, mas pode causar graves problemas de relacionamento, levando ao isolamento social dessas pessoas.

A doença renal crônica não diz respeito apenas ao indivíduo diagnosticado, mas também a seus familiares e amigos. Um apoio emocional e prático pode ser crucial para o bem-estar do paciente e para o sucesso do tratamento.

Uma rede de apoio familiar pode ajudar o paciente a enfrentar os desafios da doença renal crônica, tais como o impacto físico e emocional da doença, a adaptação a mudanças na dieta e na rotina, dificuldades financeiras e estresse causado pelos procedimentos médicos.

Além disso, a rede de apoio pode ser uma fonte importante de informação e orientação sobre a doença e o tratamento, o que pode ajudar o paciente a tomar decisões informadas e a se sentir mais seguro e confiante.

Impacto do preconceito na adesão ao tratamento dialítico

Uma pesquisa etnográfica publicada em 2018 entrevistou pacientes em diálise para compreender suas percepções em relação ao tratamento.

O estudo aponta que “mesmo quando fora da hemodiálise e quando tenta ter uma vida normal, sua situação de ambiguidade e de liminaridade pode ser desvendada e percebida, já que carregam, em seus corpos, traços característicos da doença e da sua fragilidade física.

Nesse sentido, vemos que um efeito dessa condição de paciente renal crônico são os olhares de desconfiança e o preconceito que recai sobre suas marcas corporais quando esses frequentam espaços públicos”.

É importante destacar que o preconceito com hemodiálise não é apenas uma questão social, mas também tem implicações graves na saúde dessas pessoas. O estresse e a ansiedade causados pelo preconceito podem aumentar o risco de complicações de saúde e pode até mesmo interferir na aderência ao tratamento de hemodiálise.

A falta de acesso ao emprego e à educação também pode afetar negativamente a qualidade de vida dessas pessoas e sua capacidade de serem independentes financeiramente.

É fundamental que sejam tomadas medidas para combater o preconceito com hemodiálise. Isso inclui a sensibilização para a questão, bem como a implementação de políticas e programas para garantir a inclusão dessas pessoas nos mais diversos ambientes.

Além disso, é essencial que os profissionais de saúde estejam preparados para lidar com questões relacionadas ao preconceito e forneçam suporte psicológico para as pessoas que enfrentam essa discriminação.

A Nefrostar combate todos os dias o preconceito com hemodiálise

Na Nefrostar, acreditamos no cuidado integral do paciente renal. Isso significa um investimento de todos os esforços na devolução da qualidade de vida dessas pessoas.

Nossas clínicas contam com equipes multidisciplinares de profissionais treinados para realizar o acolhimento do paciente em todas as etapas do tratamento, inclusive na prestação de atendimento e acompanhamento psicológico.

Além disso, trabalhamos com o método da hemodiafiltração (HDF), uma técnica de diálise moderna que permite uma limpeza mais profunda do sangue, resultando em um tratamento mais eficiente e com menos efeitos colaterais.

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