Tudo o que você precisa saber sobre transplante renal

Nefrostar • Postado em: 11/10/2023

Tudo o que você precisa saber sobre transplante renal

Etapas, benefícios, critérios de elegibilidade, compatibilidade e riscos de optar pelo transplante renal

O que fazer quando o transplante de rim é necessário?

O transplante renal é uma opção de tratamento para pacientes com doença renal crônica (DRC). Esse procedimento envolve a transplantação de um rim doado e sua colocação no corpo do receptor.

O objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente e prolongar sua sobrevida, garantindo saúde e bem-estar. No entanto, é importante que os pacientes estejam cientes dos critérios de elegibilidade, bem como possíveis reações do organismo.

Neste artigo, vamos discutir tudo o que você precisa saber sobre o transplante renal, incluindo as etapas do processo, os cuidados pós-operatórios e as possíveis complicações.

Critérios de elegibilidade para o transplante renal

Para ser elegível para o transplante renal ou para qualquer outro transplante de órgão, é necessário atender a alguns critérios médicos, além de entrarem na lista de espera do Ministério da Saúde para receberem um novo rim.

Esse pedido deve ser feito pelo seu médico, que o encaminhará para o setor de assistência social, responsável, na maioria dos hospitais, por auxiliar pacientes e familiares em questões desse tipo. Vale reforçar que a lista de transplante de órgãos é única para pacientes do SUS e da rede privada.

Em 2023, mais de 40 mil pessoas entraram para a lista de espera do transplante de órgãos no Brasil. O órgão que mais requer doação é justamente o rim, com cerca de 37.295 pessoas esperando.

Os pacientes elegíveis ao transplante renal devem ter um laudo médico indicando a doença renal crônica, ou seja, um documento que o médico elabora comprovando que os rins não estão funcionando corretamente e não podem ser tratados de outra maneira.

Além disso, os pacientes devem estar em boas condições gerais de saúde e não ter outras doenças graves que possam impedir a cirurgia ou comprometer a recuperação.

O paciente também deve passar por uma avaliação psicológica para garantir que está preparado para o procedimento e possa lidar com os possíveis riscos e desafios.

Os desafios e benefícios do transplante renal

Como todo procedimento cirúrgico, o transplante renal possui riscos. Alguns dos riscos mais comuns incluem infecções, sangramentos, rejeição do rim transplantado e complicações cardíacas.

É por isso que todas as dicas mencionadas no tópico acima devem ser levadas a sério, do início ao fim.

No entanto, os benefícios do transplante renal podem ser significativos. Com um rim transplantado funcionando corretamente, os pacientes podem melhorar sua qualidade de vida e prolongar sua expectativa de vida. Além disso, o transplante renal pode permitir que os pacientes parem de fazer diálise.

A taxa de sucesso da cirurgia de transplante renal varia dependendo de vários fatores, como o tipo de doença renal do paciente, o estado geral de saúde e o tipo de transplante (se é doador vivo ou doador falecido). Porém, de modo geral, a taxa de sucesso da cirurgia de transplante renal é alta.

imagem: gov.com.br

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de sobrevida a curto prazo (1 ano) para pacientes submetidos a transplante renal é de aproximadamente 95%. A taxa de sobrevida a longo prazo (5 anos ou mais) para pacientes submetidos a transplante renal é de aproximadamente 85%.

É importante notar que o transplante renal não é uma cura para a doença renal, mas sim uma forma de tratamento.

O paciente precisará tomar medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do rim transplantado e terá que fazer exames regulares para verificar se o rim transplantado está funcionando bem.

Em alguns casos, o rim transplantado pode falhar e o paciente pode precisar retornar para tratamento com diálise.

Quem pode ser um doador de órgãos

Existem algumas restrições para quem pode ser um doador de órgãos de rim. Algumas das principais considerações incluem:

  • Idade: é recomendado que doador possua menos de 60 anos;
  • Saúde geral: o doador deve estar em boas condições de saúde e não ter nenhuma doença que possa afetar o funcionamento do rim transplantado;
  • Peso: o doador deve ter um peso adequado para a altura;
  • Histórico familiar: o doador não pode ter histórico familiar de doenças genéticas que possam afetar o rim transplantado;
  • Tamanho do rim: o rim do doador deve ser compatível com o tamanho do receptor.

Vale ressaltar que as restrições são analisadas de forma conjunta, levando em conta a especificidade de cada caso clínico.

Além disso, é importante lembrar que o doador deve estar disposto a passar por uma série de exames médicos e testes para determinar se é um doador adequado, bem como estar informado sobre os riscos do procedimento e como ele ocorre.

O doador também não pode ser pago pelo rim. A decisão de ser doador é muito importante e deve ser tomada com cuidado.

Sobre a compatibilidade entre doador e receptor

A compatibilidade entre o doador e o receptor é determinada por meio de exames de sangue que medem os antígenos HLA (Human Leukocyte Antigens). Os antígenos HLA são proteínas encontradas na superfície das células do sangue e são usados pelo sistema imunológico para identificar células estranhas.

Quanto mais semelhantes os antígenos HLA do doador e do receptor, menor será a chance de rejeição do rim transplantado. No entanto, existem técnicas de imunossupressão que ajudam a prevenir a rejeição, mesmo com compatibilidade menor insuficiente.

É importante lembrar que a compatibilidade é apenas uma das muitas considerações a serem feitas ao selecionar um doador.

Etapas do processo de transplante renal

O processo de transplante renal envolve várias etapas. A primeira é a avaliação médica, que inclui exames de sangue e de imagem para determinar se o paciente é elegível para o transplante.

Em seguida, o paciente é colocado na lista de espera para um rim compatível. Quando um rim compatível é encontrado, o paciente é chamado para a cirurgia. Durante a cirurgia, o rim doado é removido e colocado no corpo do receptor.

Após a cirurgia, os pacientes precisam fazer exames regulares para garantir que o rim transplantado esteja funcionando corretamente e para monitorar possíveis complicações.

Cuidados pós-operatórios

Após o transplante renal, os pacientes precisam seguir cuidados específicos para garantir o sucesso do procedimento. Isso inclui tomar medicamentos imunossupressores para evitar rejeição do rim transplantado, fazer exames regulares para monitorar a função renal e evitar atividades que possam causar lesões no rim transplantado. Além disso, os pacientes devem seguir uma dieta específica e controlar seus níveis de pressão arterial e glicemia.

Complicações possíveis

Embora o transplante renal possa ser bem-sucedido, algumas complicações podem ocorrer. A rejeição aguda do rim transplantado é uma complicação comum e pode ocorrer logo após a cirurgia ou anos depois.

Outras complicações incluem infecções, sangramentos, problemas cardíacos e problemas com os medicamentos imunossupressores. É importante que os pacientes estejam cientes dessas possíveis complicações e que estejam preparados para lidar com elas caso ocorram.

O transplante renal é uma opção de tratamento eficaz para pacientes com insuficiência renal crônica. Esse procedimento pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e prolongar sua sobrevida.

Entretanto, é essencial que tanto o paciente quanto o doador estejam cientes dos critérios de elegibilidade, riscos e benefícios antes de optarem por esse procedimento.

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